A lipoenxertia é um procedimento estético apropriado para restaurar o volume de gordura subcutânea por meio de preenchimento com a própria gordura do paciente. É apropriado para retomar contornos e proporções da face ou do corpo. Pode promover a reposição de estruturas atrofiadas ou ausentes ou o aumento dos elementos em determinados pontos.
Utilizada para tratamento e prevenção do envelhecimento da pele, de deformidades congênitas e sequelas de doenças como esclerodermia, lúpus eritematoso, a lipoenxertia também pode ser empregada para aumento dos glúteos (90% dos casos), aumento de volume da face e correção de irregularidades ou depressões, entre outas finalidades.
A duração do procedimento varia conforme a área tratada, com anestesia local, geral ou peridural, em ambiente cirúrgico. As áreas doadoras de gordura são as regiões internas e externas das coxas, a região interna do joelho, os flancos, as nádegas e o abdome.
Inicialmente, faz-se uma infiltração da solução de Klein (à base de soro fisiológico e lidocaína). Cânulas de lipoaspiração são colocadas sob a pele, aspirando à gordura na região doadora. Em seguida, a gordura removida é enxertada por meio de finas agulhas na área tratada.
Como processa gordura do próprio corpo (autóloga), a lipoenxertia reduz significativamente as chances de rejeição do material enxertado. Antibióticos e analgésicos podem ser prescritos, para evitar infecções e dores. No pós-operatório, o paciente deve evitar o sol por três meses e o esforço físico por 20 dias. Exercícios mais complexos estão liberados após dois meses de repouso. Em geral, os resultados são visíveis um mês após a cirurgia, quando o inchaço diminuiu.